O dia seguinte a um Benfica-Sporting em que o meu Sporting perde e, ainda para mais, de uma forma clara e inequívoca, é daqueles dias em que me apetece emigrar para um sítio qualquer nos confins do mundo para, no mais profundo isolamento, carpir as minhas mágoas. Sei que o meu clube está a passar por um período de profunda transformação e renovação. E que não seria plausível que passássemos de um miserável sétimo lugar para campeões. Temos de dar tempo ao tempo e esperar que equipa técnica, jogadores e direcção trabalhem calmamente como têm feito até aqui, para voltarem a colocar o nosso clube no lugar que merece e que é seu por direito próprio.
Certo que as exibições, os resultados, o facto de ainda sermos a melhor defesa e o melhor ataque, mesmo depois de perdermos com os nojentinhos, empolgaram os sportinguistas e fizeram-nos acreditar que era possível bater os milhafres na capoeira deles. Não foi possível. Mas pior do que isto foi ter perdido categoricamente. Não me lembro de um Sporting tão apático e inofensivo. E o que irrita é que a nossa pálida exibição logo exulta os eternos jornalistas subservientes e agigantarem a ave de rapina numa exibição brilhante que afogou o leão. Meus caros, o leão pura e simplesmente não esteve lá. Escusam de se agigantarem como sempre, porque perdemos por falta de comparência. Nem o Enzo Perez foi Gigante, nem os jogadores do Benfica foram avassaladores. Tenham calma...
Na bucólica paisagem que eu queria que me rodeasse após um derby perdido, vou carregar a minha pressão de ar e disparar uns tiros para o ar. Pode ser que acerte num bicharoco de rapina que por ali ande, que me acalme o espírito, devolva a serenidade e me permite acordar, amanhã, novamente imbuído de um espírito de conquista para enfrentar o difícil jogo com o Olhanense no próximo Sábado e esperar que o Paços de Ferreira dê uma ajuda na recepção aos viscosos nos Domingo. Haja fé...
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