quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Volbeat



Poucas coisas me enchem mais a alma do que descobrir uma banda nova que me faz saltar da cadeira ou pôr o volume do rádio acima do aceitável. Aconteceu-me isso com os Quireboys em 1990, estava eu a trabalhar na Rádio Clube de Cascais, actual 105.4. Lembro de me passarem para as mãos uma cópia recém chegada de Londres de A Bit Of What You Fancy e de eu, pura e simplesmente, ter posto o disco a tocar de uma só vez de rajada (claro que apenas fazendo uma pausa para virar o vinil do lado A para o lado B...que saudades). 

Pois bem, com tudo o que aconteceu no mercado musical de 1990 para cá, com o fim do Rock tradicional, com o surgimento e fim do Grunge, com a ascensão meteórica do R&B e com os tops inundados de músicas feitas por produtores e DJs, para mim, encontrar música verdadeira feita por músicos verdadeiros, com tudo o que é lançado hoje em dia, é como encontrar uma agulha num palheiro. De vez em quando lá me pico, mas nunca jorra muito sangue... 

Nunca deixei de pesquisar alguns sites de referência à procura de algo novo que estivesse suficientemente fora das playlists das rádios nacionais ou do top da Billboard. Por sorte não deixei de o fazer e por sorte, muita sorte, encontrei os Volbeat. 

Estes dinamarqueses fizeram-me saltar da cadeira da primeira vez que ouvi Lola Montez, uma sensação que não experimentava há muito tempo e que me devolveu a confiança ao fim de tantos anos. Afinal nem tudo está perdido...Descobri que Outlaw Gentleman & Shady Ladies é já o quinto disco de originais! Quinto! Depois de me chicotear por nunca ter ouvido falar deles, dei por mim, no último mês, a descobrir a carreira desta banda. O vocalista, Michael Poulsen, tem só das vozes mais poderosas que ouvi nos últimos tempos. No YouTube descobri versões ao vivo que certificam que a sua voz ainda é mais poderosa ao vivo. Até arrepia!

Os Volbeat chegaram ao meu iPod (e mais vale tarde que nunca) com toda a pujança! Para quem ainda não teve o prazer de os ouvir, recomendo seriamente. Pode ser que tenham a mesma sensação do que eu. 

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