A Benetton é sinónimo de campanhas ousadas que exploram, frequentemente, os limites da tolerância social. As polémicas têm alimentado a marca e o buzz que cada uma cria é suficiente para ofuscar os esforços de inúmeras outras marcas suas concorrentes que gastam cem vezes mais com níveis de retorno infinitamente menores.
Não deixa de ser um facto que há muito que deixei de consumir a marca. Não me lembro da última vez que comprei um pólo que seja, embora ainda entre, muito de vez em quando numa loja para espreitar. Mas se o símbolo abandonou as minhas gavetas, os posters das suas campanhas ainda enchem as minhas páginas online e redes sociais. E parece-me que para durar...
Se não fui grande fã da última campanha, com imagens de personalidades publicas pouco prováveis a beijarem-se, entre os quais Obama e Chavez, esta nova campanha do Unemployee Of The Year parece-me muito mais apetecível. Eleger o Desempregado do Ano não será uma tarefa fácil de entre os milhares que infelizmente ostentam esse título. Mas sempre estamos a falar de 500.000,00€ que a marca se predipõe a dar a projectos, lançados por desempregados, com cada um a merecer 5.000,00€. Aberto a desempregados entre os 18 e os 30 anos, estes jovens são desafiados a apresentarem as suas ideias no website da campanha. Os utilizadores registados votarão nos projectos que melhor sirvam as comunidades onde vivam.
Em tempos como os que vivemos, por vezes uma pequena ajuda é o suficiente para uma mudança radical.
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