Foi com uma (surpreendente) tristeza que li sobre a morte de Michael Clarke Duncan.
Conheci-o no grande clássico lamecheiro Armageddon, num personagem que, sem nenhuma razão aparente, logo me cativou. Sei que não foi, de todo, o seu maior contributo cinematográfico mas foi onde me chamou primeiro a atenção e, no meio daquela lamechice toda (que me faz jorrar lágrimas qual Niagara Falls!), ainda hoje me rio com a sua voz grave a entoar o "Leaving On a Jet Plane".
E muito embora nunca tenha feito papéis de importância crucial (excepção clara ao Green Mile onde esteve brilhante!), nem o tenha visto em muito mais produções, sempre me espantou que fosse interpretando o personagem menos óbvio ou típico.
Todo ele, desde o físico à voz magnificamente gutural, evidenciava, quase de imediato, um personagem bruto e violento e, no entanto, sempre que o via conseguia convencer-me que se tratava de um ser mais que simpático, até suave e meigo, contrariando todos as presumíveis primeiras impressões.
Pode parecer uma comparação idiota mas acho que, de certa forma (atenção! nada pejorativa), sempre o comparei a um Rottweiler, cão que adoro pela sua capacidade de oferecer carinho, uma capacidade que pouca gente conhece por os tratarem sempre como bestas.
Nunca me desiludiu em nenhum dos papéis que fez e, apesar de nunca ter pensado tanto nesta pessoa como hoje pensei, chego agora à conclusão que tenho pena que tenha ido tão cedo e que me sinto verdadeiramente triste com esta notícia.
Fica assim um simples contributo. Que descanse em paz...
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