Lance Armstrong acaba de se auto-flagelar no mais inacreditável acto de mea culpa da história do desporto mundial. Não sou grande admirador de ciclismo e sempre achei sobre-humano o esforço a que os ciclistas se submetem no decurso da Volta à França. Vencedor de 7 edições da prova numa demonstração única de força, vontade e determinação (principalmente depois de derrotar um cancro nos testículos), Lance admite agora que apenas alcançou este feito graças ao uso continuado de substâncias proibidas. Ganhar a qualquer custo passou a ser a sua obessessão.
Mas Armstrong acaba por pôr em causa toda a indústria do ciclismo, embora procure desculpar alguns agentes que privaram com ele no decurso desta gigantesca fraude, sejam médicos ou colegas de equipa. Mas todos foram coniventes e participaram directa ou indirectamente num logro de proporções históricas. Não é desculpável e é só triste.
O americano acaba por ficar na história pelas piores razões quando tinha tudo para ser um herói dos tempos modernos e um exemplo para todos.
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