E à 13ª edição é desta que eu....continuo a não ir à Festa do Cinema Francês! E por uma razão muito simples. Ainda não sofro de insónias a esse ponto. Posso passar umas noites mal dormidas, mas nada que me obrigue a medicação e, muito menos a assistir em catadupa a metros de fita cinematográfica carregada de acção, adrenalina, suspense e mistério, tudo num único plano de uma parede branca.
E muito menos iria porque sei que, por vezes, posso ressonar. O que seria só chato. Como estes filmes têm geralmente muita acção e cenas com muito barulho, provavelmente, o meu ressonar iria ouvir-se em Dolby Digital 5.1, que já equipa as belíssimas salas do Cinema São Jorge em Lisboa, palco do evento. E poderia ainda dar-se o insólito do meu ressonar, soar aos ouvidos de um iluminado crítico de cinema sentado na primeira fila com os seus óculos de massa pretos e gabardine cinzenta, como parte integrante do filme em perfeita harmonia com o discurso monocórdico francês do narrador da trama! E o que seria ler no Expresso que a obra de um Jean-Claude qualquer tinha uma crítica ainda mais positiva pelos belíssimos efeitos sonoros que o realizador conseguiu transportar para a tela, num assombro de imaginação sem paralelo.
Só não vou por isto...
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