O Irão e a Síria andam sempre nas bocas do mundo pelas piores razões. Dificilmente passamos por um qualquer noticiário televisivo em que não haja uma reportagem sobre qualquer um destes países. O que à partida podia ser chato, acaba por ser um motivo de regozijo para qualquer pivot. E simplesmente porque nunca foi tão reconfortante dizer os nomes de Bashar Al-Assad ou Ahmadinejad. Os dois países deixaram de existir para passarem a ser os regimes de Bashar Al-Assad e Ahmadinejad.
A felicidade estampa-se no rosto de qualquer pivot ao proferir, sem mácula, Bashar Al-Assad. E podia ficar horas naquilo...Bashar Al-Assad, Bashar Al-Assad, Bashar Al-Assad, enquanto o sorriso se ia alargando de orelha a orelha. Nós, portugueses, temos uma facilidade enorme em encontrar momentos únicos de felicidade em coisas perfeitamente inúteis. Se o homem tivesse um nome sírio perfeitamente impronunciável, seria o Presidente da Síria. Mas como Bashar Al-Assad até é fácil de dizer e transporta-nos facilmente para um universo poliglota perfeitamente desconhecido, mas muito fixe, quem não saiba pronunciar Bashar Al-Assad não deve, sequer, ter direito a opinar sobre o que seja.
Com Ahmadinejad a coisa demorou mais tempo, até porque é ligeiramente mais difícil. Mas nada que até os pivots da RTP Madeira e Açores não consigam dizer. Ahmadinejad também é muito fixe de dizer perante as câmaras e permite que qualquer pivot ganhe, de imediato, um estatuto ímpar por pronunciar tão bem Ahmadinejad.
Algumas pessoas não fazem a mais pequena ideia de que países falamos quando ouvem Bashar Al-Assad ou Ahmadinejad. Para os pivots isso é algo que não interessa para nada. Sei de alguns relatos de autênticas birras quando directores de informação escreveram Síria ou Irão nos telepontos em vez de regime de Bashar Al-Assad ou Ahmadinejad, como se estivessem a passar um atestado de incompetência poliglota árabe ao pivot. Era o que faltava! Ninguém diz como eu Bashar Al-Assad ou Ahamadinejad!!
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